sábado, julho 15, 2006

entradas goianas



casas no goiás
- tudo igual de
ver, revém a imago,
de sonho (pobre iago) -

casas todas baixas
casebres de telhado
e pé-direito alto -
um talhe ao locus da ursa -

casas em góias
todas constritas
de barro, madeira
e paralelas em brita
das ruas.

as casas são também
como as portas, de
cidades, sempre ermas,
abertas:

abrem-se duas pistas
- mãos únicas de carros -
= queijo trança! pequi!
aos montes, como o barro

ao meio um canteiro
= nel mezzo del camin
verde, em geral, em que
se elevam

b u r i t i s

2 comentários:

Anônimo disse...

Só um detalhe, que nem sei se tem relevância (talvez não): buritis só nascem muito próximos da água.

O poema é lindo!
Abraço,
Daniela

piero eyben disse...

água tem muita,
o sertão é inundado.
na foto, não há, até
o poema chegar. mas
em toda, absolutamente,
estrada goiana há
buritizais
saltando.