sábado, fevereiro 09, 2013

um sábado de carnaval – livvylong ad AVGVSTVS




 
ali, sentado – diante de mim –
estende-se a
voz, aquela a qual,
de perfil, alto –
sem a menor possibilidade,
diz-me em oslo, estar
no quarto-navio –
grafa o tempo,
entre texto da
memória:

éramos jovens e
os dedos em riste –
em mim, evidente,
tudo aquilo já é
poema – poesia é a
dos outros – já
figura o grama, o
quadro do abraço, a china
com seus 8000 exemplares
de fw, primeira hora –
entre frutas – berries,
em austin, o sousa
andrade transluzindo
a+, ainda após 40 anos;
pound (mezzo a meio
dollar), três tomos de
vida e a usura, a oiko-
nomia basculante, de
“the twice crucified
where in history will you find it?”,
dita a stalin ou ao
president of united states,
estava isolado, entre rapallo
e venezia – and the sun high over
horizon hidden in cloud bank [...]
dove sta memora –;
turbilhante, o guindaste (ditto
desde sorella la luna) em ny,
levante de picasso
e o ciático; tudo enquanto
perpassa a rua 57, o anjo
esquerdo que prediz o livro,
o motim –
a voz francesa, então tornemos
a rimbaud, e mallarmé,
isso, como que dizendo
de belmondo – e, eu,
lembrando seberg,
deslizando esfumeada –
e de uma pré
vague, tudo muito –

firma, de
poesia –
onde ver e
viver, além
na contra-
aurora – dawn,
o velho ez –
brilumina
o ato,
assigna.



(dato - 09.02.13)