segunda-feira, junho 27, 2011

lira aos 7 anos

para que tú me oigas
mis palavras
se adelgazan a veces
como las huellas de las gaivotas en las playas.

pablo neruda


da língua em que te surge,
isolas loas e sóis, esse riso.
do figo, o pasto em onda,
beijas o vento, enquanto
plena, planas à pele, em
que tudo flore: outeiro
e tigres; em si, engaste.

um mar dista, freme a
fome – espéculo de dia –
o só sol, ocupas o sonho.
às vezes todas, falanges,
teus eternos olhos, dizes,
fugindo, de um mesmo
olor, de regresso, lar

meia lua ou lírio, o tempo.
percorres o espesso, foz
de voz, ainda mais,
à frente, fantasmas de
ocre – feixes de pequi
e folha, brotando – eis
os passos que, enfim,                   espero.
              

dentro de nossos 12 anos, 7 devem ser agora celebrados, escrevo-te essa senha
a fabricia, claro.