sábado, julho 15, 2006

outro piero


reflexiono, todos os dias
como esta morte adâmica
produz/induz
uma referência que
falta à linguagem de dizer-se
linguagem, em si.

piero della francesca,
geômetra, à fresco,
oferece o retrato -
e aí já é similitude e contigüidade -
do final poundiano do desespero.

perdoem-me, diz ez,
mas de quê?

agora idéias de gramas
flutuam na retina,
como que empalhados
de lauri-fel.
apenas mais um pigmento,
e as formas
pitagóricas
atenagorizam-se.

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