sábado, julho 22, 2006

pomar da língua

a mátria iniciou-se:
século xii(i), taveirós:

No mundo non me sei parelha,
mentre me fôr como me vai,
ca já moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando voz eu vi en saia!
Mau dia me levantei,
que vos enton non vi fea!

E, mia senhor, dês aquel dia’, ai!
me foi a mi mui mal,
e vós, filha de don Paai
Moniz, e ben vos semelha
d’haver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós houve nen hei
valia d’ua correa.

guarda pois a letra trans-
formadas em semelhança
guarvaia = turquesa nobre
à pobre ribeira, mhia senhal,
poesia.

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