sexta-feira, julho 21, 2006

acalanto

dorme, dorme
arazona a noite
como um pássaro
funesto.

dorme, dorme
àquele que ainda
mais, ainda,
não há.

dorme, dorme
fez-se silêncio -
através da porta -
como salto.

dorme, dorme
leito perfumado
de madrepérola,
velas e coerção.

dorme, dorme
sem mais poder
dorme, dorme
aquele aquela.

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