quinta-feira, julho 27, 2006

enfo(r)cando

villon:
nous préservant de l'infernale fouldre
nous sommes mors, ame ne nous harie

em que se ouve um haver de ave, infer-
no de morte, papelão e banjo. fulmina.

não falte o dia em que o olvido encerre
a memória do grão. morre, o que é doce,

ca aqui non sui son maistre, de mês, o que
qui e 'ora sobr'vor est'olor pur'fror. dança.

junto ao junco da junça - caiana da brava:
aquele que esbraveja à barbárie, espumosa;

a-que-incha: aqui não tem cachaçada é
hommes, icy n'a point de mocquerie.

cinco ou seis dependurados ao léu, luys
sors, como outrora em tchékhov, um

dos ivans. maciça a cana que de dentro
o endro sobrepuxava, mais combien d'

oiseaulx, tudo ameralim, verdim. abs-
sorve a planta, plaina o plateau.

baixe os olhos, globos d'esmerarda:
esmero smart como o chico, o velho.

baixe os olhos, feitos de prece:
apressados três martelos que sucum-

bem doutro lado, com água no meio,
borboletas - priez dieu - como as virgem.

entre cinco ou seis pendus há um respiro -
lá o pesar não acha permanência (guido) -

não convém moça direita olhar cinco hom-
ens nus-vestidos: ventadour: ao ver a ave le-

ve mover. desprezo quem esconde a canção
num tabuleiro, como quem não joga dados,

como que não come carne, como corpo mort-
o cai. freme, treme, françois.

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