domingo, julho 30, 2006

a cercania de uma festividade

como que das distâncias
apartado, os olhos rarejam
algumas imagens do final.
assim pára, toma da água e
do vinho (2 partes por uma):
o reflexo de uma alegria de fum-
aça - nas assaduras do tempo -
e o júbilo de - tendo escrito na
parede: porque no sé res.

comíamos, no entr'espaço de
duas linhas, alguns petiscos de
alguma conversa: risos, só risos
à toa.

saldo: rubros, sem sapatos, alguns
caídos, dança, fumaça ao léu de
nossas (in)consciências consistentes.
saldo: menos bergman, mais nietzsche,
ainda um mallarmaico brinde -
solitude, recife, estrela.

um último traçado, em escrita ou
melodia - pouco importa - de feliz
morada, abraços, como devem ser
aqueles que bebem vida - como pound -
mesmo de quem se retira.

Nenhum comentário: