sexta-feira, junho 05, 2009

chanson réaliste (iv): fréhel

folhas deixadas, fumegadas,
entre o estar e o ir-se, de verbo
e sôfrego frescor de mar distante
e rio à porta sem porto, sem amora.
borrando o caos, seus cais camuflam
o tecido roto de rosto e rumor ébrio,
calado, que livra o peso, molda
o corpo ao próximo que entra, tenro,
dizendo palavras marítimas, molduras
silenciosas, enquanto ainda cantas,
só, dans le faubourg, à dor que doura,
sem espera, respiro, no
t e m p o.

Um comentário:

olimpia disse...

"Sans lendemain pour Pervenche"
poder-se-ia chamar seu poema.