o que deixas de teus olhos,
um regato para o colo, leda,
corpo e pernas soando, voz
rasa, quase-fala.
em um só som de margaridas,
pões-te em querer bem e bem
se quer, saindo-te, topas o
mundo, fixos emoldurados.
douras a cúpula, de súbito
deslumbre, do vasto domo,
em que já corres – imago
ventura – por mais hortas;
falanges lentas das naus
para esse susto, escuta:
sustém firme tuas asas, don-
de pairas, e move-te além do
pássaro, pois teus olhos são
fruto – ao que brota, semente
– e ainda plumas, sem olvido,
mancham tuas páginas.
um regato para o colo, leda,
corpo e pernas soando, voz
rasa, quase-fala.
em um só som de margaridas,
pões-te em querer bem e bem
se quer, saindo-te, topas o
mundo, fixos emoldurados.
douras a cúpula, de súbito
deslumbre, do vasto domo,
em que já corres – imago
ventura – por mais hortas;
falanges lentas das naus
para esse susto, escuta:
sustém firme tuas asas, don-
de pairas, e move-te além do
pássaro, pois teus olhos são
fruto – ao que brota, semente
– e ainda plumas, sem olvido,
mancham tuas páginas.
2 comentários:
"É preciso estudar volapuque
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire
é preciso colher as flores
de que falam velhos autores."
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com a audácia da ignorância, retifico os versos de Drummond:
"de que falam velhos e novos autores".
Flores do bem, as suas.
Lindo!
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