domingo, junho 14, 2009

bloomsday (a): penélope

sobrepas-
seiam os
patos à tenda
movência de
pluma movida
de penas gor-
jeiam as súpli-
cas de pêlos
mouriscas e frê-
mitos do tanto
esperar conluios
de camas às ca-
pas de peplos
do paço ci-
preste e leito
olival os versos
percorrem pens-
ativa fronte
de outro debo-
che do tempo
e do mar ainda
à trama o fio e
agulha o ardil
já sem falo sem
hermes moradas
do tédio das mar-
cas do corpo à não-
morte despreza
para ter-te nos
olhos constância
de erros erronia
de néscios observas
o mar salino rubri-
fervente que anuncia
ainda o rio fêmeo
a dar-se
de dia e de dor mim
de mesmo ao convívio
de lívias pluralidades,
moles florescentes
blocos e amplitude
das mãos tecem
palavras de ainda
um hóspede a soar
cicatrizes

2 comentários:

olimpia disse...

recado das criadas para penélope, pela voz de margaret atwood
the penelopiad
--
we are the maids
the ones you killed
the ones you failed

we danced in air
our bare feet twitched
it was not fair

we did much less
than what you did
you judged us bad

we scrubbed the blood
of our dead
paramours from floors, from chairs

from stairs, from doors,
we knelt in water
while you stared

we danced on air
the ones you failed
the ones you killed

olimpia disse...

piero, você não vai acreditar!
sabe as letrinhas que a gente precisa digitar?
no comentário das criadas normal,
no name

olhei para o segundo sem querer
tá lá
calar

não resisto, preciso lhe falar (risos)