sexta-feira, junho 05, 2009

chanson réaliste (ii): berthe sylva

tece o negro-gris da fumaça
emprenhada de câmara a cama,
esse fardo, mais leve, mais
denso. pernas ao ar, lentas
e sóbrias à voz ferida e silente,
enquanto a boca ainda ferve:
infantes infâmias corroem
aves desérticas, caminho de
mel e odes, de verbo negro
nefando, em que se testam
noturnos e abismos à voz:
u n e p l a i n t e.

Nenhum comentário: