terça-feira, maio 19, 2009

"je ne vois pas la femme cachée dans la forêt" ou delírio escrito


mulher a fêmea figura entre a floresta e a montanha entre o sim e ouvido entre os olhos e o sim yes eyes ou ainda oui et ouïr cansam verdes fontes vermes fungos a comida à mesa espera aguardam maneios meneios e naja a cobra rei e o beijo da sacerdotisa medeiam je ne vois pas la cachette um pedaço de cigarro e aveia mel leite ou hidromel homérico convence às vezes ainda ando lendo scholem misturado com poesia coreana o danúbio surgindo como em um sol às margens da praia de ipanema vista de um táxi alegorias desse homem corre em apenas uma sunga e rádio no ouvido já faz tempo os seios pintados da mulher arvorados pelos olhos criativos que se tapam mimo das fotos dos mortos tentando sobreviver à morada do tempo enquanto vivem os cabelos nítidos são imantados pensando-se como loulou aquele papagaio meio místico de félicité félicité de temps à autre parlait à des ombres como o passado revestido de auroras o gorducho poderia ter pintado os pesadelos da amiga lá na bahia de todos os santos o santo andré entre eles e aquele mar com crianças dentro e aquele homem sensível indo pescar todo santo dia porque todo o dia é santo para quem busca peixes descendo do olimpo à cidade toda gris toda poluída e cultural a rede se estende pelo deslocamento transmudado heródoto pensando os medos contra gregos ainda não se aprendeu a conviver com o outro a dualidade e ishtar toda amor e guerra um alfabeto de palavras cartilha muda de cabras e epifanias meneadas aquele homem eulálio do chico derramando-se em sonhos e morfina as gerações mais ou menos desgraçadas o sonho com o chalé com o pé da serra sem barulho enlouqueceria às margens com as palavras essa nau negra ponteada que martela e perfura o mar e os bosques em que não se pode ver a mulher escondida nos sonhos da realidade.

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