quinta-feira, maio 21, 2009

attar pássaros pela caligrafia


véus os signos – gazelas e pássaros –
na morosa sombra, os dedos extensos,
de vento e volta, à névoa torna, um exílio
de palavras, grafadas, converte o momento:
ao chão tudo torna movência, e os corpos gris
nevoam em penas, brandas espadas da perda e
do medo. véu e sinais, à jornada retomam, de boca
entreaberta, sussurro ao olho de um, espiro da lua aos
campos da noite, enquanto ainda raios não tocam o chão
lacerado, múltiplo consumindo as flores da aurora suficiente
de danças, remessas e prazeres; o corpo convertendo-se em
mais odores: pêra, sândalo, aurora, carmins, a água brota trono e
m i r r a.

Um comentário:

olimpia disse...

Achei bacana, a pirâmide de nomes e versos.