sexta-feira, maio 08, 2009

diverso sonho (dês llansol)



chama à vértebra estacada,
os pêlos ao ar e leite dos gatos,
em suma escritura, virgem e
sebe, um punho à leitura cede.
entretecem-se contratempos
de casa, à luz do ser, escritor,
para outros ainda perigo, poço:
um jogo e espelhos a iniciar
a jornada, única, do lugar, do
cerco da serra, a sede do bem.
tuas folhas de ter sonho, dia-a-
dia, morosa fuligem: maciças
as flores da promessa, dos frutos,
do antanho olhar viridente.
alhos e azeite perfumados, atinjo-te
o topo da amoreira, todas as cores
caiadas e magentas, olhos ao cão,
a causa do beijo, findo o domínio
da palavra, inscrita, do desejo da
a tarde; em que erro, passeando-te,
natura, espaço que resta, sendo ainda:
c o r p o t o c a l u z.

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