quarta-feira, maio 06, 2009

bons-garrotes e sons-em-bergamota (após moses und aron)







i

da imagem, do anúncio,
às fontes, livro sobre a mão
de hamlet, sela o templo
sibilino da voz calada.
destruindo-se à imagem,
a palavra advém
sem plenitude, dês
realizada em loucura,
pranto às ânimas frente
à tumba patrocléia.
falas, falsa imagem
à margem flagrante,
os passos da falta,
gema imóvel, casca
despida. soam os
desertos dos peitos,
so(m)branceiro, o peplo
construído de folhas.

ii

à pedra grava, à lei,
de palavras não cantadas,
inscreve com fogo, à
horda primeva, o talento
à face se doa. corda à
boca ata-se, enquanto o
ar cala, vazio corpo. calam-se
ao mármore – luta frente
ao uno, impositivo um.
anjo a som e bosque
toldam moldados espectros,
cristais, anos e faltas:
nula parte o wort,
du wort, paralizada
das mir fehlt! ao oco,
martelado, perché non
parli?
, em ícone calado
de si, a si regressando.

Nenhum comentário: