“a memória conta realmente – para os indivíduos, as coletividades, as civilizações – só se mantiver junto a marca do passado e o projeto do futuro, se permitir fazer sem esquecer aquilo que se pretendia fazer, tornar-se sem deixar de ser, ser sem deixar de tornar-se.” (italo calvino)
amorfos, os tempos apressam
chamar de hóspede aquele em
que lei e nome se confundem,
permeando-se numa não história.
amorfos, os homens todos garantem
corruptelas de serenas sereias,
silente-morosas, em que tudo negam,
em gris-rochas cavas, macilentas.
proteu retorna à narrativa, voltando
o tempo noutras parragens náuticas
e revela aqui que ainda deve permanecer
intato ao colo – já velho de penélope.
sem ceras e lótus, os companheiros
seguem, sobrevindo os filhos-reis,
os fios de ciclos, mourões espicaçados,
tentando a nostalgia experimentada:
à morte de argos, contínuo ninguém,
no fim todo desejo é perda. e se perde
a todo passado legado, em mais fios
e praias desoladas.
3 comentários:
Saudações caríssimo mestre!
Saudades de suas aulas...
Abraço, Lisieux.
pois é... quanto tempo!
mas ainda poderá assistir em outro nível... quem sabe?
Com certeza, tô me preparando para a prova de transferência do inverno... tomara que dê certo! Nos vemos pelos corredores da vida.
Abraço
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