terça-feira, abril 28, 2009

gabinete do dr. freud



ali, entre linhas persas,
estranhos bustos recobrem
o passado familiar: mal
dos sonhos, dizer de idos.

deita-se, clínico olhar
de fênix ou pássaro que
se leia de enquanto horrores
o ventre fêmeo deslinda-se.

cabeças reclinadas nessa
coleção de pó ante areia,
o livro persabe o audível
nefando: conluios de luas.

júbilos, de outro tempo,
inibem os dedos, uma falta
e à flama da fala esvai-se
em um mosaico de pétalas.

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