segunda-feira, agosto 21, 2006

lírica em que os nomes de tristão e isolda se referem aos de fabrícia


de um senhor, tristão, ouve-se o canto
violáceo das damas convulsivas de
negrume, fumaça, e peles sobre-puxadas
do corado noturno, do mútuo afã em.

do canto violeiro, à nau noctâm-
bula reinscreve o monturo do dia
como alvor e tempo - alguns alari-
dos e um batuque - tarde, enquanto.

compõe a morada, náufraga e noturna,
daqueles doze hemisférios hercúleos
- capelão sobredoura seu tratado cortês
em prol de damas, senhoras, solstícios.

saltam-me, de um liffey escamândrico,
os círculos de horas, minutos em
que te leio às margens da espada
ou escudo do rei marc ou daqueles

que em bretanha isolam a isla sonora
do réquiem de bebidas e muro de língua.
soçobram as esperas, hespérides, num
bosque em que a explosão de amarelo

será. soma meu corpo ouve a si como lei,
anotada de malhas e teias de lã e olhos
fechados - leva para sempre - a voz de
triz - lusco-fusco do desastre. perigo de

felicidade, sem veneno, resgata a pueril
sentimentalidade dos olhos refeitos, re-
agrupados em sua frase: i so late. frêmito,
mimo, enquanto o corpo padece das estrelas

violentas - em azul e vermelho - daquele
negrume, pele, voz.

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