terça-feira, agosto 29, 2006

derivação de flaubert

da cortiça na parede
relumbra a silhueta
toda gorda, bigode,
e reluz a testa despi-
da fronte-instrumento
em estória, papagaio,
santos e arsênico. mme,
sonha às avessas deste
homúnculo! foire, foi-
reconquistada: sobre-
grafa, copiosamente,
a folha que nada diz,
nada sabe ou quer.
da cortiça da parede,
abelhas rememoram
gustativamente aquel
homem-pluma.

Nenhum comentário: