temo perder com os olhos
o delírio em que de coisa em
coisa meu corpo soletre as
falhas, fendas, furos fixos.
temo perder com os ossos
o momento em que do vidro,
translúcido, claro, sobrevenha
a nódoa, o miasma, o lodo que
escureça a vista e retire a cal
do dia, tornando o mundo em
realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário