vastos flancos de naus
faz das veias flamas
ventos soam sonham
aos ninhos ocos conluios
ruidosa máscara silente
rende-se aos olhos
repulsas escuras em peplos
sombrios inquietos
fantasma e a vida
esfera moldada fiel
já fecunda por trás
um só fardo um dom
de insônia extrema
confissão e todo
súbito todo instante
um só feixe um perigo
empreende o peso
de massustância
todo fogo improviso
forma e ordens
jaz consigo
língua falanges
águas perfídias
puro traço ausente
senão sentido
a voz de débil
refaz-se aspiro
isolam-se os véus
vacilante heresia
vocifera os limos
não os signos não
a fala débito mudo
poder e consolo
revolto a ninguém
os dardos nos olhos
transposto o amor
o devir pensado
por vir longínquo
da tez dos dedos
a boca entrecortada
palavra só língua
moroso-encanto
forja canto a canto
dia-a-dia de seu fundo
de um rígido som
blásfemo noturno
ao passo sobre-sonoro
passo de sonhos e paz
oscilam esgares
às mãos em exílio
expostos silêncios
turbilhonante a cal
de freios ao longo perder
do engano
do insone
agora
perdido