“l’oubli, la mort: le détour sans conditions.le temps present de l’oubli délimite l’espace non limité où la mort retourne au défaut de présence. se tenir en ce point où la parole laisse se rassembler l’oubli en sa dispersion et l’oubli venir à la parole.”
maurice blanchot
(a)
folha de horas, teus véus, tuas pétalas:
em um só; esquecer o descarte, lançar-se
à mão do ato – há apenas sorriso na queda;
dedos arqueados, a boca pende, fenda e favo.
(b)
o branco aberto aos poros: encontro e enigma;
à parte, a cinza e barba: a fala dos seixos, o
nulo de ainda – um só sopro e a gralha de
legítimo mover-te, um beijo e a face.
(aa)
todo gerânio abrasado. em ferida,
calas o berço e o traço, a pena ex-
tinta. lar de nuvens, asas, as dás
do fuso sono talhado, murmuras.
(bb)
súbita, pele decomposta: a voz.
aguardas, da boca o mundo
flutua
um só estilhaço,
lâmina, ultimas.
** "rebrilhou-se no imo, à vitória, de esperas"
(hom. ilíada. c. xiii. v. 609)
(transelenizado por mim, tentativamente)
2 comentários:
pouco vi por aí poemas tão enigmáticos como os teus, por vezes inatingíveis, intangíveis e inovadores.
obrigado joão...
e tentativa e a jornada é mais ou menos por aí mesmo.
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