“da noite preta que me estende os ubres”
joaquim cardozo
esqueces a tarde, freme e frente,
um só amaro pelo –
às costas do mar, a urna deixada,
argos lançando-se ao mar.
doce a úlcera e o corpo, bolor à
casa, aos lenços e ao véu –
tu enches a frota – alto pensar –
enquanto de vinhático.
olhos descem, a tez de noite e
serpes – à vala, lacerada –
florem o tempo – só palpites:
abraças a face na janela da rua.
assim, falar, a fala de ti,
em lábio e carne, em lágrima
e voo. fulgor de falhas, a língua
que cala, um nome, que falta.
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