terça-feira, fevereiro 22, 2011

terzinas de nome e sombra

das geschiriebene höhlt sich
paul celan


à mão dada, o cálice –
ninguém, à espera, deixa-se,
fome e fonte e achas.

um só molde, tens ao pó,
palavra e gris –
nada na direção do tempo.

claro o branco iroso,
cantas e esfolas teus sinos,
à pele, minha, dado o nome.

descansas, perto do escuro,
avisto e vis vilas –
a imagens, a nado de letras.

velas o tecido – amortecido –
brandindo,
candelabros, às varandas.
        

Nenhum comentário: