para hölderlin e deleuze
veneno ante véus, à parte
dispões o cão, o faro e óleo,
enquanto, de cada sílaba –
lançada aberta e disjecta –
uma só língua se distrai;
dupla luta a sandália de empédocles,
teu corpo entre ódio e horror,
entre tez e cabeça – braços a martelo
laminados de sol e fuligem – laceras,
por isso, o idioma, o umbigo
oblíquo de ti: sob a praça, toda
serpe olvida o terreno, de mim,
perfuras o perfume do lácio, vazio,
calando-se, como se.
2 comentários:
da mago empédocles, a purificação.
Que coisa bonita, os braços martelados de sol e fuligem...
Professor... saudade!
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