sexta-feira, março 26, 2010

Geheimschrift


da cera, passada, os rastros
habitam – fronte e morada –
esse corpo, delgado, de
folha a lâmina, estilo e gris.

assim, cal-
cada traço, desmente-se,
filame secreto, decifrado:
a escrita em si, refunda-se.

prodígio, os sulcos guardados,
um sesto ao inverso – re-
filtram as manchas, espargindo
mais sopros, anima.


ainda permanente, todo signo
perfaz-se ao baldio, nó de
estrada e via retalhada: sonho
fraco, alusão de morsas.

anamnese e atraso – imago
retraçada, sustida pelo lápis –
no envio da voz, calada de
letra, na asa da origem,

sempre re-
nascida em tempo-
arada, wenn er nachdenkt,
o só pedido, convertido

de mãe,
naquilo que a escrit-
urra da página, no livro, um
bloco de ar, celulose e ártemis –
cantando-se silentes, recifes
e pele – enquanto correm,
cortando-se quando, o reflexo
outro, de tropos.
                         

Um comentário:

Anônimo disse...

criptófago!