quinta-feira, dezembro 06, 2012

nênia para oscar niemeyer



"horizonte lunar de brasília. branco e vermelho. jamais a esquecerei."

max bense

 


de tua mão. escapas de
um todo céu de não em
que me iludes de heras
e terra – o mar de more –

esvaem-te a palavra, a nu,
peso flutuando no espelho –

planura e lanugem, teu
branco encardindo o pó
de que nasci – risco arrisco
a hipérbole cruel dos mais

anos – em um só voo,
esse que é pesar, diante de
ocaso – subplana a noite
em sem gota alguma –

gesto estático, tua sílaba
de só praça, de só cômodo –
concreto – em calor nost-
álgico do por vir.

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