veneno ante véus, à parte dispões o cão, o faro e óleo, enquanto, de cada sílaba – lançada aberta e disjecta – uma só língua se distrai;
dupla luta a sandália de empédocles, teu corpo entre ódio e horror, entre tez e cabeça – braços a martelo laminados de sol e fuligem – laceras, por isso, o idioma, o umbigo
oblíquo de ti: sob a praça, toda serpe olvida o terreno, de mim, perfuras o perfume do lácio, vazio, calando-se, como se.
entre-sorris o tempo, os sais de mar e cinza. entre-calas os cais, os portos de livro e mais. entre-dizes o amanhã, os ais de lugar e futuro. entre-estás no aqui, neste nenhum espaço, que é todo. entre, o instante por vir, do acontecido, do passado para ti, na distância, no incrivelmente perto. entre-és assim, à medida do amplo, do senso e do quase.