quarta-feira, setembro 09, 2009

leviatã (a partir de olímpia)

"assinalo como tendência geral de todos os homens um perpétuo e irrequieto desejo de poder e mais poder, que cessa apenas com a vida"
(thomas hobbes)

longe, longo, tomam-se
formas do mar e leve
monturos e movências
na camada cáustica do
fundo: jó sustém o diálogo,
e suas cinzas, sinais, soam
desditos, perpetuando.

entre o bronze e o macerado,
a tez se consome em pó
de nuvem e nucas, nuas
viragens e vultos silentes
em podar bestas, poder
errático. irreais os mantos,
areais de censura, cada
espelho, consola-se à
volta consigo, de ossos:
ainda desejo,
abismo.

Um comentário:

olimpia disse...

andando na avenida paulista me lembrei destes seus versos e do poder monstruoso que rola naqueles bancos e corporações
penso que da camada cáustica do fundo do asfalto pode surgir um, a qualquer momento