segunda-feira, agosto 10, 2009

a leitora de théodore roussel


ler o leite da pele
pela ranhura da
página porosa
lenta a tez da carne
rasa e distendida
sobre a cadeira
nua de si rara
de nuncas diz
tensões sôfregas
silente manhã
de agora essas
sedas deixadas
os pés cruzam
o pó azul o livro
à pele.

Um comentário:

olimpia disse...

Pensara em trabalhar
papelada atrasada.
Mas depois do seu poema -- e da linda imagem
Resolvi ler
as peles raladas de Sándor Márai
--------
não faça hoje o que se pode deixar para amanhã
----------
e essas "deposições"?
rsrsrsrs