segunda-feira, outubro 02, 2006

silêncio político

pólemos: debandada,
à bandalheira azul, em
atos, catos, matos -
um hora, pane em sp,
espera, espera, espera;
de repente saem os dois
e apenas 7 pontos do povo.

pólemos: bandalho de velho
resmungão, azul-amarelo,
sorriso cínico - feito cão -
sorri às fotos compradas,
às manchetes forjadas, aos
700 vestidos de primeira
dama: uma hora em pane,
sp parou? saem, os dois,
devassos carecas.

pólemos: arranjo orquestrado
de ratos, verdade ou certeza.
da bandeira, hoje retirada, uma
gota do vermelho - sangue de
povo e não de nuvem - morrão
ardendo ainda, conluio, conchavo.

pólemos: e o homem, de barbas
brancas brandas, ainda resiste:
ora quem já levou pancada, sem-
pre mais difícil um aconchego.

pólemos: põe logo pra fuder,
como em el salvador, único
do globo que compreendeu
que superávit não é apoteose
e estabilidade não é povo, mas
antes palavra - até feia - que
impuseram, incalcaram;
pois nessa cidade o que falta,
gregária e gregorianamente:
verdade, honra, vegonha.

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