quando calar, a língua
ainda oscilará e, logo,
minha voz arrefece o
amor – fraca conjuntura –
disso que recende o
oco o voo o vão para deitar
em ti o que me basta –
oblíquo instante sobre a
face, sobre o colo que não
mais.
quando calar o tempo
ainda será uma palavra
em esboço, do que poderia,
em tábua, a gravura disso
que é noite – e não basta –
e pele, extrema calma
de sopro.
quando calar esse nós,
o dia claro, essa palavra
será termo e, extensa,
o corpo deixado
de barro ou só
para outro
tempo.