pálpebras, besta cerrada,
cerceando o gris e o alvo –
morada de estanques ad-
vinhas esfumadas – o corpo,
desnudo do traço, acima
abaixo – jornada oblíqua –
de ti, um só vento, ladrilhos:
espalmada, plena em silente.
reluz, do olhar espuma, o
calhau da noite – o audível
de hora a mora – todas as
vigas suspensas, como se
leves: língua de faca, fagulha
fincada de voz, ninguém. a
estrela oca, sob as mãos, de
flor atravessada – isolando
o junco – por palavra e cal.
cimentas a chuva, abrigo
de esboços, tudo em torno,
lágrima e lástima: ar apagado.
verso seco, de ipê e horizonte,
hiância do dizer, remido, de
imersos e preclaros vazios:
a curva, no plano, morada
anfidestra.
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