sábado, novembro 14, 2009

νεκυομαντήιον

πέμψαντι γάρ οἱ ἐς θεσπρωτοὺς ἐπ᾽ Ἀχέροντα ποταμὸν ἀγγέλους ἐπὶ τὸ νεκυομαντήιον
[ele enviou mensageiros à terra dos tesprotos, no rio aqueronte ao oráculo dos mortos]



ausência essa de ar,
figuras negras sob
o portão tricolunado,
imolando as faces
à cor gris rasurada,
azulejos de pedra.

o solstício pervaga,
câmara alva, rastro,
calando-se às escusas
de deméter a mãe
do som, pérfido, foz:
fuligens de corpos.

a donzela, deixada
à não-visiva visão
de Ἅδης, abandonados
os pés à fonte caiada;
torres de éfira, aliança
sub-limo, abaixo.

2 comentários:

olimpia disse...

Gostaria tanto de lhe deixar uma mensagem em grego!
como não sei,
vai (pelo menos) a assinatura,
olímpia

piero eyben disse...

olímpia: sorte de precisar apenas assinar para enlear-se de egeus.
ave, essa língua-bárbara - olimpíada lusobrasilis.