segunda-feira, julho 06, 2009

luto e melancolia (a partir de freud, munch e uma foto)


doar, enseada,
esse desejo:
infenso choro,
ausente a si.

gracejo, iabá,
de morangas,
melodias do si,
a flor explode
amarela sob
o peito, dedos.

insone, golfos,
inversos ao
lamento, elege:
água e terra, à
dança de era
e realidade trans-
tornada – a língua,
cálamo e cera,

macera folhas
e dentes deixados
aos linhos e tez
dos olhos rebrilha-
antes. cala, vapor.
reforça, dada à
vela, ambos valente
à mor, síncope
de ramos e moscas,
ainda um respiro.

3 comentários:

olimpia disse...

Li hoje que muitos milhões mais de africanos sofrerão agonia de fome.
O seu poema me contactou com essa dor: muito mais que o jornal.

piero eyben disse...

cada vez mais, o poema está para esse vazio. de fome. de agônico respiro.

Maíra disse...

ainda um cirro (me lembrei de uns começos de oficina)