“desconfiam e aqui eu saúdo /
sob a toalha as tenras carnes / como brinde à dor insaciável / com o encorpado
vinho rubro”
(jeová franklin, “abnia/ainda”)
vai, amigo –
desse é o tempo que
te corre, ainda, como
a cor e o cor de teu dia,
sorriso que sopra
o cortante, o exato.
vai, amigo –
entre a tinta que, derramada,
deslancha sobre a
madeira de imagem,
o todo fantástico de
um só suor, teu
brinde sempre
erguido, à festa
e ao pó.
vai, amigo –
sem adeus, sempre
mais, bem mais,
na dor que permanece
em cal, em letra –
a tua dura face
de pedra –
vai, amigo –
Nenhum comentário:
Postar um comentário