terça-feira, abril 12, 2011

argos

       
em teus olhos, vacilas
opaca morada e demora –
assim vais, desvaneces; em
plumas – pavos – de espáduas,
arestas, teu corpo, de óleos.

contas a feição e uma só parte,
parente e atos – manivelas sob
io, aguilhão de tiranos, mais
acima – através, num só foco,
do corpo sem órgãos.

ainda, uma pele – lançando-se –
dilacera o membro premente;
fraturas, a ti mesma, o ânimo – do destino.
              



 in scriptum
Ἄργος Πανόπτης

Um comentário:

Andrea Liette disse...

assim contemplo o teu corpo:
nau desaparecendo ao porto
deriva no horizonte
arrastando ao infinito
o silêncio em que veio.