segunda-feira, junho 14, 2010

uma mística. lírica sob lírica

                                                                                                                                           a fabricia

ar e gelo, perfume de hera:
ripas e malhas, o silêncio
percalço e permanente –
sim, de fuligem e ar.

chama ao mar, música de frios:
o que és de brisa, freme
a única nota repetida, a
criança trazida e aziaga, chama.

água e nada, absorvendo,
nada compete aos rododendros:
menos ainda, a escritura de
tuas mãos, lançadas à água.

terra, como se seca, de vã
alvura: apercebeste a manhã
noturna – apenas um só
dos caules, devaneio, e terra.

dia, ânimo de túmulos, cumula
de palavra a pérola do dia.
suspira o peito – piedoso, cor
de mor – manchado, suspiro.
     

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