vida das palavras
silencias, ao som de ondase mexilhões, um corte - avil-tado - nas nódas da memória:na palavra, grisnevoando-se,não cabe - o real - latênciasde sobrevida. silêncio, o corocora ao adentrar, rododendros,fazendo calar um ano, o palcotodo cego, negro óleo: tudo só, abandono. silencias, ao saber cálido de queijos, moro-sas entranhas ao que calas.mas um voz ainda perturba:ter, em silêncio, que ouvirsua própria língua.
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