terça-feira, agosto 30, 2011

moenda

so set its sun in thee
what day be dark to me –
what distance – far –
so i the ships may see
that touch – how seldomly –
thy shore?

                                                                                                                                                                   emily dickinson


deitas a pele, o braço e
à marca – leve pluma
de tinta – o rosto reveste
o calor de dias.

cantas-te a flama ainda
pérola, estampido –
hora extinta, promessa –
calando a foz.

móis o sem tido da
palavra – encalacrada –
forrada de fora e
colina.

assim, rubra, tua língua –
um outono de distância,
flor, deixada – sopra o
infindo penhor.

às lentes, rútila sílaba
feita, brisa e alvoroço, de
onde vejo e me
vês, revolto.
        

domingo, agosto 07, 2011

alba: trobar leu, o visivo do joglar



pedra-e-cidade: vila de médias –
o tempo, um outro. azur, violáceo.
route et grotte: à beira, cabreiras.
um só passo – de pá a pas – de forma,
o só aroma, vã lavada, desse meio
a mezzo. 

cidade-e-pedra: court à la villette.
de vulgari – a lauzeta de ventadour –
um todo parque de girassol, a língua,
sim, oxida em ouro – uma mais mas –
de mim, outro, a meio – o som, leve,
de engastes.